terça-feira, 9 de setembro de 2008

A tribo Fulni-ô de Pernambuco (nômade e antropófaga nos primórdios) tem uma característica única entre os povos indígenas: até hoje, através de rituais fechados, mantém viva sua língua máter.

ALGUNS DEPOIMENTOS DESSES INDÍGENAS:


"...na minha tribo, não acreditamos na igualdade entre as pessoas como fórmula para nos manter em paz. Lá nós ensinamos às gerações a aceitação das diferenças que nos tornam maravilhosos uns para os outros. Isso sim é a Paz para a minha tribo..."

"... quando branco me dizia que a felicidade não era eterna, mas feitas de momentos que devemos guardar na memória, eu não entendia nada. Na minha tribo, os mais velhos nos ensinavam a prestar atenção e cultivar momentos de tristeza, para que a felicidade de viver valesse a pena..."

"...não podemos ensinar ao branco como viver em paz com a natureza. Quem nos ensina isto é a própria natureza. O problema é que ela não usa palavras, mas o som das aves, do rio, do vento nas árvores. Quem tem prazer em viver sabe como escutar essa mensagem..."

"...minha mãe e meu pai faziam amor na minha frente. Nós não víamos o que voces, brancos, chamam de sexo naquele ato de amor. Para nós, aquilo era a preparação da criação do mundo, pois, entre nós, cada ser vivo que nasce, como a terra que nos dá o pão, recria o mundo com sua vida..."

"...estou muito feliz de estar aqui, com a oportunidade de falar minha língua como poesia. Ela é tudo que nos restou de bom e ela não deveria ser só nossa. Poderia ser de vocês também. Somos todos brasileiros e, para nós, desde que entramos em contato com o que os brancos chamavam de Brasil, ser brasileiro tornou-se muito importante para a tribo inteira. Apesar de estarmos sendo marginalizados, com problemas para manter viva nossa cultura ancestral, ser brasileiro é algo que nos dá muito orgulho e felicidade..."

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