sexta-feira, 2 de maio de 2014

Invocações à lua





Os tupis consideravam as luas, cheia e nova, elementos auxiliares de Rudá, os deus do amor, e tinham invocações semelhantes às que cantavam aquele deus, e para o mesmo fim de trazer os amantes ao lar doméstico, pelo poder da saudade. 

Eram estas as invocações à lua cheia (cairé) e a lua nova (catiti):


Cairé, cairé nú
Manuára danú çanú
Eré ci erú
Piape amu
Omanuara ce recé
Quanhá pitúna pupé
Catiti, catiti

Imara notiá
Notiá imára
Espejú (fulano)
Emú manuára
Ce recé (fulana)
Cuçukui xa ikó
Ixé anhú i piá póra.



Cuja tradução, apesar da ignorância do sentido de alguns versos, é assim apresentada:

Eia, ó minha mãe (a lua) fazei chegar esta noite ao coração (do amante) a lembrança de mim.

Lua nova, ó lua nova! Assoprai em fulano lembranças de mim, eis-me aqui, estou em vossa presença; fazei com que eu tão somente ocupe seu coração.

Kuarup





O Kuarup é um ritual dos grupos indígenas do Parque do Xingu para homenagear os mortos. Os troncos feitos da madeira “kuarup” são a representação concreta do espírito dos mortos ilustres. Corresponderia à cerimônia de finados dos brancos, entretanto, o Kuarup é uma festa alegre, afirmadora, exuberante, onde cada um coloca a sua melhor vestimenta na pele. Na visão dos índios, os mortos não querem ver os vivos tristes ou feios.

sábado, 19 de abril de 2014

Dia do índio!!!






"Desde o Descobrimento, o homem branco destrói a cultura indígena. Primeiro, foi para salvar sua alma, depois para roubar sua terra"

Orlando Villas Bôas






Da cunhã é que nos veio o melhor da cultura indígena. O asseio pessoal. A higiene do corpo. O milho. O caju. O mingau. O brasileiro de hoje, amante do banho e sempre de pente e espelhinho no bolso, o cabelo brilhante de loção ou de óleo de coco, reflete a influência de tão remotas avós.
Gilberto Freyre




"Queremos que a floresta permaneça silenciosa, que o céu continue claro, que a escuridão da noite caia realmente e que se possam ver as estrelas. As terras dos brancos estão contaminadas, estão cobertas de uma fumaça-epidemia xawara que se estendeu muito alto no peito do céu. Essa fumaça se dirige para nós, mas ainda não chega lá, pois o espírito celeste Hutukarari a repele ainda, sem descanso. Acima de nossa floresta o céu ainda é claro, pois não faz muito tempo que os brancos se aproximaram de nós. Mas bem mais tarde, quando eu estiver morto, talvez essa fumaça aumente a ponto de estender a escuridão sobre a terra e de apagar o sol. Os brancos nunca pensam nessas coisas que os xamãs conhecem, é por isso que eles não têm medo. Seu pensamento está cheio de esquecimento. Eles continuam a fixá-lo sem descanso em suas mercadorias, como se fossem suas namoradas."

Davi Yanomami ; pajé e líder do povo Yanomami




Um índio, ao nascer, torna-se parte da natureza.

Festeja o plantio, a colheita, a chuva ,o nascimento;

Respeita a terra, a vida e seus antepassados.

O índio usa enfeites , canta , dança , caça , brinca , ri ...

Ele consegue enxergar a beleza da simplicidade da vida.

Nana Pereira




"Na tribo, o velho é o dono da história, o adulto é o dono da aldeia e a criança é a dona do mundo"
Orlando Villas Bôas