sexta-feira, 2 de maio de 2014

Invocações à lua





Os tupis consideravam as luas, cheia e nova, elementos auxiliares de Rudá, os deus do amor, e tinham invocações semelhantes às que cantavam aquele deus, e para o mesmo fim de trazer os amantes ao lar doméstico, pelo poder da saudade. 

Eram estas as invocações à lua cheia (cairé) e a lua nova (catiti):


Cairé, cairé nú
Manuára danú çanú
Eré ci erú
Piape amu
Omanuara ce recé
Quanhá pitúna pupé
Catiti, catiti

Imara notiá
Notiá imára
Espejú (fulano)
Emú manuára
Ce recé (fulana)
Cuçukui xa ikó
Ixé anhú i piá póra.



Cuja tradução, apesar da ignorância do sentido de alguns versos, é assim apresentada:

Eia, ó minha mãe (a lua) fazei chegar esta noite ao coração (do amante) a lembrança de mim.

Lua nova, ó lua nova! Assoprai em fulano lembranças de mim, eis-me aqui, estou em vossa presença; fazei com que eu tão somente ocupe seu coração.

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