Sobre os seixos dos rios
Correm águas sagradas.
Segredos de adubo
Ressurgem no terrário
Passado de areia
Profecia de floresta
Irreversível deserto.
O índio brasileiro
Tange o tacape no tronco
Toco-oco no solo.
Teclem sobre telas
Salvem a seiva dos eucaliptos
Libertem o lápis
Lapsos de verde na mata.
Ouçam a voz do Xamã
Nas flores que o vento traz.
As últimas folhas de papel se soltam do céu.
O índio canta no rio
E a terra se abre,
O vento sagra-lhe o cocar
E o sol acende sua coroa
O grito de luta, ecoa...
de Alex Júnior Ramos Pires
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