segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Anhangá






















Anhangá ou Anhangüera significa supostamente "Coisa Ruim".

Mito dos índios brasileiros, a alma errante, que tomava o aspecto de fantasma ou de duende, vagando pelos campos e florestas.

Ele é o protetor da caça no campo e nas florestas; Anhangá protege todos os animais contra os caçadores e quando a caça conseguia fugir os índios diziam que Anhangá ou Anhangüera as havia protegido e ajudado a escapar.



Há vários tipos, como mira-anhanga, tatu-anhanga, suaçu-anhanga, tapira-anhanga e até pirarucu-anhanga - isto é, aparição de gente, de tatu, de veado, de boi e de pirarucu.

Em geral, não era benfazero.

Sua simples lembrança trazia pavor ao silvícola e ao homem simples do campo.

Era a própria corporificação do medo informe, do pavor do desconhecido e do mistério da noite.

É um dos mitos mais antigos do Brasil.

O Anhanga, segundo a tradição, metamorfoseava-se mais em veado.

Espírito que vaga pela mata como um fantasma ou assombração.

Sua presença pode ser detectada por um assobio e depois disso, o animal que estava sendo caçado, simplesmente desaparece.

Ele pode assumir a forma de diferentes animais mas uma delas parece ser a preferida: a do cervo garboso, com olhos de fogo e cruz na testa, que além de enganar os caçadores, desviando o tiro de suas armas rumo às pessoas queridas, provoca febre, loucura e visões em que o vê.

Anhangá é considerado como um protetor da vida na floresta.

Segundo a mitologia popular, qualquer pessoa atacada por um animal selvagem, pode salvar-se gritando: ''Valha-me Anhangá!".

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