Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.
José de Alencar
Somos filhos da terra cor de urucum. Dos sons do igarapé e da força do jatobá. Das águas do Araguaia, do Tapajós, do Iguaçu. Somos filhos do sol de Kuaray, da lua de Jaci. E da chuva que semeia o guaraná, a pitanga e o aipim. Somos filhos dos mitos. Do uirapuru e seu canto, do vento e do pranto. Guerreiros, fortes, sábios. Somos Ianomânis, Guaranis, Xavantes, Caiabis. E o que somos nunca deixaremos de ser.
Uma homenagem para o dia 19 de abril o Dia do Índio.