domingo, 7 de setembro de 2008
Praiá
Os pankararu e kambiwá acreditam na força encantada presente nos escolhidos para vestir os fardamentos (feitos da cabeça aos pés da fibra do caroá), que escondem a identidade e fazem aumentar o mistério da prática. Quando realizam promessas, os índios têm que pagá-las, promovendo uma festa com oferendas. No povo kambiwá, o ritual é realizado uma vez por mês, no período da lua cheia. O povo pankararu (foto) realiza eventos ao longo do ano que contam com a participação dos praiás, a exemplo da corrida do umbu, que ocorre no mês de março quando eles encontram o primeiro umbu maduro, simbolizando o início da safra; e do menino do rancho, uma espécie de rito de iniciação. É também no período da corrida do umbu que os índios fazem, paralelamente, a queimação da cansanção, um tipo de urtiga braba que é utilizada como autoflagelo. Quando não são realizados os rituais, os fardamentos são guardados em um lugar sagrado chamado de póro.
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